Investigação da Influência dos Aspectos Cognitivos em Indivíduos com Doença de Parkinson sobre o Autogerenciamento de Tarefas Cotidianas

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2019-08-29
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Resumo

A Doença de Parkinson (DP), caracterizada por sua natureza degenerativa e progressiva, atinge mundialmente milhares de pessoas. A utilização de ferramentas educativas, incluindo os jogos digitais, durante o processo de reabilitação motora destes pacientes, tem se mostrado terapeuticamente efetiva, entretanto, a compreensão de aspectos cognitivos, tais como sua influência no gerenciamento de tarefas cotidianas, nestes pacientes, submetidos ou não à utilização de Realidade Virtual (RV) durante a reabilitação é pouco estudada. Esse estudo teve como objetivo, investigar a influência dos aspectos cognitivos em indivíduos com Doença de Parkinson sobre o autogerenciamento de tarefas cotidianas. Trata-se de um estudo de coorte, realizado no centro de referência de Atenção ao Idoso, contando com 67 pacientes submetidos previamente à terapia utilizando jogos digitais e/ou fisioterapia convencional, e grupo controle. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas os pacientes foram avaliados, no que se refere aos aspectos cognitivos, utilizando o Mini Exame do Estado Mental (MEEM); a escala modificada de Hoehn & Yahr, para avaliar o estadiamento da doença; e a escala unificada de classificação da Doença de Parkinson (UPDRS), para avaliar o autogerenciamento. Foram analisados três grupos de estudo (Controles, fisioterapia convencional e o uso de jogos digitais) e os dados obtidos foram submetidos a análise de variância (ANOVA), seguida do pós-teste Kruskal-Wallis, sendo considerados estatisticamente significantes os valores de p<0,05. A escolaridade (p=0,002) e o estadiamento da doença (p=0,045) podem influenciar nos aspectos cognitivos dos pacientes. Não houve diferença estatisticamente significativa da influência dos aspectos cognitivos e o autogerenciamento entre os grupos. Entretanto, houve uma forte correlação da orientação temporal (p=0,028), cálculo (p=0,002), linguagem (p=0,011) e capacidade construtivo visual (p=0,014) e as AVDs no grupo controle; e uma correlação forte entre orientação espacial (p=0,006) e execução das atividades de vida diárias nos pacientes submetidos à fisioterapia. O uso de jogos digitais parece indicar benefícios sobre a reaquisição de habilidades motoras neste perfil populacional auxiliando no processo educacional, sendo capaz promover a autonomia. Todavia, as alterações cognitivas, não detectáveis ou pouco compreendidas podem influenciar na terapêutica e no protagonismo do indivíduo durante o processo de reaprendizagem das habilidades perdidas comprometendo não só a terapêutica, mas o autogerenciamento de atividades fundamentais para esses indivíduos. Palavras-chave: Autogerenciamento, Doença de Parkinson, Fisioterapia, Jogos Digitais, Cognição, Educação em Saúde, Reabilitação.


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Palavras-chave
Autogerenciamento, Doença de Parkinson, Fisioterapia, Jogos Digitais, Cognição, Educação em Saúde, Reabilitação
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