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Submissões Recentes
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Solidão e ressignificações afetivas da mulher negra na poesia de Jovina Souza
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-11) Serra, Shaiane Nascimento; Santos, Vanusa Mascarenhas; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno
Este trabalho tem como objetivo analisar como a poesia da escritora baiana Jovina Souza representa a solidão afetiva da mulher negra, a partir dos atravessamentos de raça, gênero e afeto presentes em sua obra O amor não está (2019). A pesquisa busca compreender de que forma essas experiências são construídas simbolicamente na literatura e como a autora elabora, por meio da escrita poética, mecanismos de enfrentamento e ressignificação do amor. Adota-se uma abordagem qualitativa, com foco na análise literária, tomando como corpus poesias que evidenciam os sentimentos de abandono, ausência, desejo e resistência afetiva. A perspectiva teórica adotada baseia-se nos pressupostos do feminismo negro e na interseccionalidade, permitindo compreender como as relações de poder atravessam as experiências afetivas das mulheres negras. A pesquisa fundamenta-se nos estudos de bell hooks (1995, 2013, 2021), Patricia Hill Collins (2019, 2021), Grada Kilomba (2019), Djamila Ribeiro (2018), Angela Davis (2011), Sueli Carneiro (2003), Silvio Almeida (2019), Conceição Evaristo (2020), Regina Dalcastagnè (2007), Florentina Souza (2017), Ana Cláudia Lemos Pacheco (2013), Isabella Rosado Nunes (2020), Colomer (2007), Takeuti (2015) e Gil (2002). A partir dessas referências, observa-se que a poesia de Jovina Souza constrói uma estética da resistência, em que a solidão deixa de ser apenas dor e passa a ser também ponto de partida para a construção de novas identidades afetivas. Dessa forma, a literatura produzida por mulheres negras afirma-se como território de denúncia, cura simbólica e reinvenção subjetiva.
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A escrevivência da História em Conceição Evaristo
(Universidade do Estado da Bahia, 2025-08-16) Oliveira, Janielson Silva; Oliveira, Josivaldo Pires de; Lima, Fernanda de Souza; Santos, Taylan Santana
Este artigo investiga a interface entre literatura e história no contexto da resistência negra no Brasil, com foco em três contos de Conceição Evaristo publicados nos Cadernos Negros. A análise se apoia no conceito de escrevivência, o qual transforma relatos individuais em fontes históricas capazes de indicar e denunciar estruturas de opressão e resgatar memórias marginalizadas. A partir de uma abordagem interdisciplinar, o estudo explora como a literatura – ao articular o poético e o político – possibilita a reapropriação da memória coletiva e a construção de narrativas emancipadoras. As seções 2, 3, 4 e 5 discutem, respectivamente, a escrevivência como prática histórica, os diálogos entre ficção e realidade na reconstrução dos saberes, a análise crítica dos contos e a estética da resistência na literatura negra contemporânea. No seu conjunto, o artigo busca evidenciar a importância de incorporar as perspectivas dos sujeitos marginalizados à historiografia, com isso promovendo uma leitura que desafia os discursos oficiais e propõe uma nova cartografia da memória e da identidade negra.
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Vivências de estágios durante a formação docente no curso de pedagogia
(2025-01-15) Silva, Veronice Gomes; Silva, Edson Fernando da; Santos, Aline de Oliveira Costa; Sales, Gleiton Silva de
Este trabalho é um Relato de Experiência, cujo objetivo é descrever as vivências que obtive em diferentes etapas de Estágios Supervisionados no curso de Pedagogia. Assim, por meio de uma escrita autobiográfica, utilizando-se do método descritivo e memorial, descrevo a minha trajetória de estágio do curso de pedagogia, a fim de ressaltar a importância das atividades de estágio na formação docente. Para tanto, fiz uso da seguinte questão norteadora: quais as contribuições dos estágios que são realizados durante o curso de Pedagogia? .Desse modo, para obter uma reflexão a respeito de quais contribuições as práticas de estágios podem trazer para o campo pedagógico, realizei a descrição das três etapas de estágios: Estágio Não-Formal; Estágio na Educação Infantil e Estágio nas Séries Iniciais do Fundamental I; com base nos principais referenciais teóricos: Andrade (et. al., 2021); Cortella (2006), Gadotti (2005), Gohn (2007); Lopes e Almeida (2020, p. S/N); Pereira e Lorencin (2021); Pimenta (1997), Raymundo (2013) entre outros. E algumas considerações legislativas da educação: BNCC e a LDB que abordam sobre a necessidade dos estágios supervisionados na docência. E como reflexão dessa pesquisa autobiográfica, trago nas considerações finais uma breve discussão da minha experiência como professora pedagoga (magistério) das séries iniciais, comparando-a com as ações que aconteceram nas realizações dos estágios do curso de pedagogia.
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Quando a literatura encontra a tecnologia: caminhos e desafios da leitura literária nas aulas de língua portuguesa no ensino médio
(Universidade do Estado da Bahia, 0025-10-09) Santos, Nadja Silva Brasil; Cruz, Maria de Fátima Berenice da; Barreto, Robério Pereira; Brás, Chocolate Adão; Rosa, Marise Marçalina de Castro Silva
A leitura literária, entendida como prática estética, crítica e formativa, vem sendo desafiada e ressignificada diante das transformações promovidas pelas tecnologias digitais, especialmente no contexto da educação básica. Esta tese, intitulada Quando a literatura encontra a tecnologia: caminhos e desafios da leitura literária nas aulas de Língua Portuguesa no Ensino Médio, parte da seguinte questão-problema: como a leitura literária pode se articular às tecnologias digitais, nas aulas de Língua Portuguesa, de modo a potencializar a formação do leitor no Ensino Médio? O objetivo central é analisar os caminhos e desafios da leitura literária nas aulas de Língua Portuguesa no Ensino Médio, à luz das transformações provocadas pelas tecnologias digitais e de suas implicações pedagógicas, com base na articulação entre a literatura como direito, a leitura como prática social, a educação como processo emancipador e a cultura digital como território de formação. A pesquisa fundamenta-se na compreensão da literatura como direito e da leitura como prática social, vinculando-se também aos princípios das tecnologias digitais e da educação emancipadora. De abordagem qualitativa e natureza interpretativa, adota a metodologia da pesquisa-ação, com orientação crítico-formativa. O estudo foi desenvolvido no Colégio Estadual Governador Luiz Viana Filho, em Feira de Santana-BA, envolvendo professores e alunos do Ensino Médio, dos turnos matutino e vespertino. Para a coleta de dados, foram utilizadas técnicas como observação participante, entrevistas semiestruturadas, questionários diagnósticos e registros narrativos, analisados por meio da triangulação metodológica e da análise de conteúdo. O referencial teórico articula contribuições de autores dos campos da leitura e da literatura, como Chartier (2023), Candido (2011), Freire (1996), Zilberman (1991), Lajolo (2001), Cosson (2010) e Cruz (2012), além de estudos sobre cultura digital e tecnologias na educação, a partir de Lévy (1999), Moran (2004), Castells (2003), Nonato (2006) e Mercado (2002). Os resultados evidenciam que, embora persistam desafios como a precariedade da infraestrutura tecnológica e a carência de formação continuada de professores, experiências pedagógicas revelam a potência das tecnologias digitais como mediadoras de práticas de leitura literária mais interativas, colaborativas e significativas. Constatou-se, por exemplo, que atividades mediadas por plataformas digitais de leitura colaborativa ampliaram o repertório literário dos alunos e estimularam sua participação crítica. Conclui-se que o encontro entre literatura e tecnologia pode configurar-se como espaço de resistência, criação e formação do leitor, desde que conduzido por práticas pedagógicas críticas, contextualizadas e comprometidas com a emancipação. Assim, a tese contribui para o debate sobre práticas de leitura literária mediadas por tecnologias, oferecendo subsídios tanto para a formação docente quanto para a elaboração de políticas educacionais voltadas ao Ensino Médio.
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A Construção Midiática de Kelly Cyclone: Gênero, Mídia e Criminalidade
(2025-09-17) Costa Junior, White Pereira; Varjão, João Victtor Gome; Denovac, Adriano da Silva; Santos, Lorena Michelle Silva dos
A presente pesquisa analisou o processo de construção midiática da figura de Kelly Sales Silva, conhecida como Kelly Cyclone, e as implicações éticas e sociais de sua representação no noticiário policial baiano em 2011. O estudo teve como objetivo analisar como a mídia, tradicional e digital, contribuiu para a formação de um fenômeno midiático a partir de uma figura feminina no tráfico de drogas. A metodologia utilizada foi a análise do discurso para compreender como as narrativas midiáticas produzem sentidos, reforçam relações de poder e moldam a percepção pública sobre criminalidade, gênero e marginalidade. O acervo de pesquisa foi composto por cinco textos midiáticos de diferentes fontes digitais e televisivas, como o Jornal Bahia Já, o Jornal A Tarde, o Jornal da Record, o Jornal BNews e o portal Salobro Bahia, todos datados de julho a setembro de 2011, período de grande cobertura sobre a morte de Kelly Cyclone. A análise também adotou uma perspectiva interseccional para examinar como marcadores sociais como raça, gênero e classe se entrelaçam na representação da figura de Kelly. Os resultados evidenciaram que a mídia não apenas reportou os fatos, mas atuou como um dispositivo discursivo que transformou Kelly Cyclone em uma personagem pública, reforçando estereótipos e mercantilizando a violência. A cobertura sensacionalista de sua vida e morte, incluindo a divulgação de imagens de seu corpo no IML, demonstrou a espetacularização da violência e a lógica necropolítica que desumaniza e expõe corpos de mulheres, negros e periféricos como objetos de consumo, e não de luto.
Palavras-chave: Mídia; Gênero; Tráfico; Necropolítica; Espetacularização.